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Ogro Militar
segunda-feira, 3 de maio de 2021
sábado, 13 de março de 2021
domingo, 23 de agosto de 2020
Como atuam os Comandos do Exército Brasileiro
Exército Brasileiro
Como atuam os Comandos, unidade de elite do Exército Brasileiro
“O máximo de confusão, morte e destruição na retaguarda do inimigo”. É segundo esse lema que age o 1º BAC, o Batalhão de Ações de Comandos. Também conhecido como Comandos, o 1º BAC é uma força de elite que conduz operações especiais do Exército Brasileiro – ações sigilosas e de longo alcance, contra inimigos de alto valor, em áreas hostis, além do alto risco para os combatentes. Um exemplo desse tipo de operação é o combate aos grupos militares do Haiti, que exigiu o serviço altamente qualificado dos Comandos, assim como o de outras unidades especiais do Exército.
1º Batalhão de Ações de Comandos, treinamento CAC
Créditos: Exército Brasileiro.
Para ser um membro dos Comandos, o candidato deve participar do Curso de Ações de Comandos (CAC). O currículo desse curso foi inspirado no Ranger Curse – utilizado pelo Departamento de Rangers da Geórgia, Estados Unidos –, mas logo seguiu rumo próprio e se tornou um dos processos de seleção mais difíceis das Forças Armadas Brasileiras.
Quer saber um pouco mais sobre o 1º Batalhão de Ações de Comandos? Confira abaixo um pouco da história do 1º BAC, as formas de ingresso e características do CAC.
Histórico
Em 1968, foi criado o Destacamento de Ações de Comandos (DAC), ainda na cidade do Rio de Janeiro – e também, na época, subordinado à Brigada de Infantaria Paraquedista (BIP). Quando a BIP foi transformada em batalhão, também o DAC se tornou 1º BAC. Da mesma forma, em 2003, foi desvinculada da BIP e teve sua sede transferida para Goiânia. Seu patrono é o capitão Francisco Padilha, que participou de guerrilhas contra invasores holandeses no século XVII.
Entretanto, a denominação DAC não foi abolida. Atualmente, o 1º BAC se organiza da seguinte forma:
Estado-Maior;
1 Companhia de Comando e Apoio (CCAp);
3 Companhias de Ações de Comandos, cada uma com 3 DACs;
1 Destacamento de Reconhecimento e Caçadores (DRC).
Os DACs se tornaram, então, a unidade básica do batalhão. Quanto ao DRC, seus membros são selecionados e treinados para executar com perfeição técnicas de tiro, especialmente a distância e contra alvos em posições ocultas.
1º Batalhão de Ações de Comandos
Créditos: Exército Brasileiro.
Como ingressar?
Para ser um Comando, o candidato deve cumprir os seguintes requisitos:
Ser voluntário;
Ser do sexo masculino;
Estar, no mínimo, há um ano na Organização Militar (OM);
Se for Oficial, as patentes mínimas são: Segundo-Tenente, Primeiro-Tenente ou Capitão de Carreira das Armas, Quadro de Material Bélico, Serviço de Intendência e Serviço de Saúde;
Se for Praça, as patentes mínimas são: Terceiro-Sargento, Segundo ou Primeiro-Sargentos de Carreira, das Qualificações Militares de Subtenentes e Sargentos, Combatente e Logística;
Participar de um teste de aptidão física, que inclui corrida, marcha, exercícios aeróbicos, natação e apneia.
O curso
O treinamento ao qual os candidatos são submetidos dura 12 semanas, e seu índice de aprovação é de aproximadamente 20%. No início do CAC, cada um dos integrantes recebe um gorro preto, que mantém se chegar ao final do processo. Entre as disciplinas ministradas no CAC, estão: organização e emprego dos comandos; armamentos; explosivos; tecnologias de comunicação; lutas e especialização em ambientes de diversas configurações geográficas; pilotagem e manobras de aeroterrestres e aeromóveis (quando em parceria com as Forças Aéreas Brasileiras, a FAB); e lançamento de carga de aeronaves.
Outra habilidade que os candidatos aos Comandos adquirem é a de lidar com emergências médicas, distúrbios causados por fatores ambientais e lesões em vários graus de seriedade, assim como aplicar medidas de primeiros-socorros.
Em razão das dificuldades enfrentadas em suas missões, são treinados para lidar com capturas, resgates e sabotagens em todo tipo de terreno e situação. Para isso, precisam aprender a como utilizar instrumentos de orientação (mapas topográficos e GPS); adquirir conhecimentos geográficos em relação aos diferentes climas e relevos; e técnicas de mergulho.
Pelo fato de seus integrantes terem formações diversas, o CAC possui uma fase de nivelamento. Além do preparo técnico e físico, essa é uma etapa que foca primordialmente na aptidão psicológica. Por fim, há sempre um acompanhamento médico em todos os pontos do processo, incluindo coletas de sangue semanais e, se necessárias, diárias
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
Operação Querary
No ano de 1999, houve uma grande operação
envolvendo 5000 soldados e 40 aeronaves. Essa operação ocorreu na fronteira do
Brasil com a Colômbia, onde havia um grande foco de guerrilha atuando próximo
ao Rio Querary.
A guerrilha colombiana estava atravessando a
fronteira e roubando suprimentos da população.
Eles roubaram um rádio comunicador, que era o
único contato do vilarejo com a cidade. Roubavam alimento e medicamento,
deixando o povoado em condições precárias. Os guerrilheiros fugiam para
Colômbia sempre que percebiam a ação de militares brasileiros no local. E o
mesmo faziam na Colômbia, fugindo para o Brasil na ação de soldados
colombianos. Já estavam tão acomodados com situação, que já estavam montando
uma base guerrilheira no Brasil.
O Presidente do Brasil na época, Fernando
Henrique Cardoso, era um sociólogo, e não se opôs às ações militares. O
comandante militar da Amazônia era General
Luiz Gonzaga Lessa, um
especialista em contra guerrilha, com seu estado maior, já tinha estudado e
preparado todos os detalhes dessa grande operação. Foi deslocado para região,
um grande contingente militar, aeronaves e navios de patrulhas ribeirinhas. Da
Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, foram deslocadas quatro aeronaves
AMX A1, entre várias aeronaves Tucanos, que estavam na região, prontas para
bombardear o foco da guerrilha. A principio,
a operação Querary, seria um grande treinamento de tropa no terreno. Um grande
exercício. Mas por trás foram feitas muitas operações reais acobertadas pelo
exercício.
Quando a tropa brasileira chegou à zona de
ação, os guerrilheiros recuaram para uma base secundária. Mas isso já era
esperado. O que eles não sabiam, era que as aeronaves da força aérea iriam
bombardear as estruturas do acampamento e danificar as viaturas da guerrilha,
impedindo a fuga em massa. Logo após a ação das aeronaves, a tropa terrestre
avançou em várias frentes, destruindo o que tinha sobrado das estruturas,
recuperando equipamentos e eliminando o foco da guerrilha.
Tudo isso foi feito com uma sincronia muito
grande entre as três forças, ocupando os rios, a fronteira terrestre, e o
espaço aéreo. As aeronaves lançaram mais de 240 quilos de bombas, incendiárias
e de fragmentação. O exército usou obuseiros 105mm. A marinha afundou
embarcações de transporte, e todo garimpo flutuante na região. Foi um grande
golpe na guerrilha, danificando seu sustento e logística e também acabando com
o garimpo e narcotráfico.
terça-feira, 18 de agosto de 2020
Fuzileiros Navais Encontram Guerrilheiros na Amazônia
Em 1990 um
pelotão de fuzileiros navais em uma operação para reprimir ações de garimpeiros
no alto rio Solimões, detectou um foco de guerrilha colombiana dando apoio aos
garimpeiros no Brasil, e foi acionado os comandos anfíbios da marinha para
eliminar a ação da guerrilha. Saiba como foi.
A operação foi no rio Jandiatuba, afluente do rio Solimões, próximo a São Paulo de Olivença no Amazonas.Os Fuzileiros Navais do antigo Grupamento de fuzileiros de Manaus, agora batalhão de operações ribeirinhas, sempre atuam em patrulha em todo território amazônico, com apoio da frotilha do Amazonas. Em uma dessa patrulha foi detectado um grupo guerrilheiro dando apoio aos garimpeiros. A informação fio passada para o comando de operações que repassou para CMA, comando militar da Amazônia. Sendo uma área de rios de atuação da marinha, e o exercito estava empenhado em outras operações, foi indicados os combatentes do batalhão de operações especiais do corpo de fuzileiros, batalhão Toneleiro.
Os comanfs, comandos anfíbios, saíram do Rio de Janeiros para Manaus, e de Manaus aerotransportados para São Paulo de Olivença, auto Solimões. Chegando ao local eles misturaram-se aos moradores, como civis, e recolheram o máximo de informações dos locais e rotinas dos colombianos que usava o rio como via de transporte de armamento e ouro do garimpo.Um padre missionário que tinha uma pequena capela na região ficou sabendo, através dos índios e ribeirimhos, a localização do acampamento guerrilheiro, repassando para os militares em um mapa o local.
Uma patrulha
de reconhecimento foi feita, conferiram os armamentos, rotina e quantos
guerrilheiros havia no local. Eram aproximadamente vinte guerrilheiros, que
revezavam-se entre o acampamento e a área do garimpo. O problema estava no fato
que eles estavam sempre disperso, raramente estavam todos juntos. A ação teria
que ser de formas diferentes em cada grupo de guerrilheiro.
Eram dois
grupos de 12 Comanfs, 24 combatentes, e resolveram atuar em dois tempos. Como
realmente foi não tem como eu descrever, mas irei relatar como foi passado para
mim. O primeiro grupo de guerrilheiro que ia para o garimpo, dormia por lá, e
voltava pela manha do dia seguinte. O grupo que ficava no acampamento, alguns
deles iam para cidadezinha que tinha ali perto para comprar algumas coisas e irem
a um prostibulo que havia na região. Havia duas lanchas, uma pequena e outra
com capacidade mais ou menos para 15 homens. A lancha pequena ia para o
vilarejo e a grande para o garimpo.
Foi esperado o
grupo de guerrilheiro que veio do garimpo chegar pela manhã, a lancha pequena
foi sabotada na madrugada pelos Comanfs, não tinha como eles sair para cidade.
Assim que o segundo grupo de guerrilheiro que estava no acampamento deslocou-se
para o garimpo, para substituir o que chegou, e o grupo que chegou estava
aliviando material e preparando para o descanso, um grupo de Comanf que estava
já posicionado no local, eliminaram os sentinelas guerrilheiros, e abateram os
que estavam no alojamento chapéu de palha. Colocaram fogo no acampamento
jogaram os armamentos, já danificados no rio.
O segundo
grupo de comanf tinha preparado uma emboscada no local onde os guerrilheiros
que estava indo para o garimpo iam desembarcar. Todos os guerrilheiros foram
abatidos, mas alguns garimpeiros que estavam por perto escutaram os tiros, começaram a atirar em direção aos militares.
Os comanfs deram a volta e pegaram os garimpeiros em fuga. Queimaram dois
flutuantes usados para o garimpo, e danificaram os equipamentos em terra com
explosivos.
O objetivo era
eliminar os guerrilheiros, os garimpeiros que se envolveram, atiraram e
correram, mas não tão rápido para os comanfs.
Essa foi uma
história passada para mim traves da radio Web veterano. Se foi realmente assim
que aconteceu, não tem como saber. Mas é
uma boa história de ação militar no Brasil.
Nossos
militares são heróis, não sabemos de tudo que eles fazem pela nossa pátria, mas
sabemos que eles são bem preparados para o combate.
Ação de Grumecs em nosso litoral
Ação de Grumec
Foi no começo dos anos 90, fui escolhido com mais 7 militares para cumprir uma missão real. Foi minha primeira missão real. Era no litoral de Pernambuco. O presidente na época era Itamar Franco e o comandante do estado maior das forças armadas era Almirante de esquadra Arnaldo Leite Pereira. Na mesma semana começamos os treinamentos, instruções e palestra. Foram apresentados novos armamentos e equipamentos.
Nosso grupamento era pouco conhecido, mas isso era de propósito, o comando não queria muita atenção externa em nossas operações. Treinamos táticas noturnas de infiltração e sabotagem, desembarque e evasão, operação com explosivos, entre outras coisas. Mas o que estava acontecendo no litoral? Naquela época veio ao litoral brasileiro uma frota de navios pesqueiros de bandeira chinesa, estavam no limite das nossas águas territoriais. Os navios de patrulha costeira da marinha estavam na região, mas, quando eles se afastavam, as traineiras chinesas estavam avançando em nossas águas.
Até aí tudo poderia ser resolvido com a diplomacia, mas tinha algo diferente acontecendo. Pescadores da região estavam relatando que navios de pesca, sem bandeira, avançavam em direção a eles até colidirem, e tinha relatos de disparo de armas de fogo em embarcações que passavam perto das traineiras chinesas. A marinha brasileira não poderia simplesmente atirar nos navios, porque não é assim que tudo funciona, ainda mais naquela época. E sempre que os navios da marinha aproximavam-se, as traineiras já estavam em águas internacionais. Complicada a situação. Quando foi inspecionado um dos barcos de pesca que foi alvejado pela traineira, a capitania dos portos relatou arma de grosso calibre, as mesmas usadas em embarcações de combate. As traineiras chinesas estavam ocultando militares treinados a bordo. Pois esse tipo de armamento não é qualquer um que opera.
Deslocamo-nos para a região aerotransportado, chegando em Pernambuco onde o
submarino S-31 Tamoio já estava nos esperando. Embarcamos e fomos para a
localidade onde estavam as traineiras. Esperamos anoitecer, quando as
traineiras agrupavam-se. Tínhamos que sabotar 10 embarcações em cinco horas, já
tínhamos a estratégia planejada, treinamos varias vezes como seria feito para
não haver erro. Levamos 50 quilos de explosivos em dois botes de borracha com
quatro homens em cada. Os dois homens que ficaria um em cada bote fariam o
papel de sniper eliminando os sentinelas de proa, se fosse preciso. Os chineses
eram bem cuidadosos, à noite eles apagavam todas as luzes para os barcos não
serem vistos à distância. Não se via movimentação no convés, a não ser um
guarda. Chagamos tão perto que dava para ver o cigarro dele aceso. A intenção
não era afundar as embarcações, mais sim danificá-las, mas ao chegar próximo
vimos que entre as embarcações de madeira havia uma com a superestrutura feita
em aço pintado como madeira, era a que fazia a segurança. Decidimos priorizá-la
para a destruição. Foi usado um explosivo de corte para romper o casco em duas
partes diferentes, próximo a popa, danificando a casa de máquinas com a água
que entraria. Nas outras embarcações foi usado TNT para danificar o leme
principal. O temporizador foi ajustado para uma hora e meia antes do amanhecer
naquela região, causando tumulto e confusão entre eles. O mar estava muito
forte aquela noite, mas o céu estava limpo. Dividimo-nos em três duplas, fora
os snipers que ficaram nos botes. Duas duplas ficariam com três embarcações, e
uma com quatro. Ao terminar, um de cada dupla voltaria para o bote e o outro
ajudaria na embarcação de aço que fazia a segurança das traineiras. Terminamos
rápido, pois o elemento de fixação dos explosivos era muito bom, equipamento
importado, e aderiu com facilidade na superfície de madeira molhada. Eu voltei para
o bote, e meu parceiro foi ajudar na ultima embarcação. Mais ou menos quarenta
minutos depois estávamos todos nos botes e nos deslocamos para uma distância
segura, esperando o acionamento automático dos explosivos. Mais ou menos uma
hora depois do pronto do serviço, os explosivos começaram a ser acionados, com
uma diferença entre a primeira explosão e a ultima de 30 segundos. Verificamos
que todas as cargas foram acionadas e nos retiramos para um ponto previamente
marcado para retirada com o submarino. Ao amanhecer com um sobrevoo de
helicóptero, foi verificado que todas as embarcações chinesas foram danificadas
e uma delas, que era a de segurança estava com uma inclinação de popa de 30°
graus e afundando cada vez mais. Todas as embarcações foram danificas, e no
final da tarde daquele dia, elas bateram em retirada, descartando parte da
carga de peixe no mar. Nunca ganhei uma medalha por isso, mas a missão não era
para ganhar medalha, e sim proteger a costa brasileira.
#grumec #mergulhadoresdecombate
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